sábado, 16 de outubro de 2021

PbtA...

 

Logo do sistema em si.

... é a sigla para Powered by the Apocalypse (SRD in ingrish aqui), a mecânica de Apocalipse World e que se tornou aberta, já tendo diversos rpgs por aí - como o recém financiado Masks: A Nova Geração, no Brasil, pela Circuito Camaleão (insta, face, twitter, ludopedia).

Tenho encontrado rodas com certa frequência usando isto... a mais recente - ainda não jogada, mas com personagens feitos, já - é Spirit of 77, uma ambientação onde a tecnologia do OVNI de Roswell foi decifrada, ajudou os EUA a ganharem o Vietnã e ganhou o gosto do mercado negro. Tudo isso para, na verdade, fazer uma ambientação homenageando filmes e séries dos anos 70 (e um pouquinho de 80): Os Gatões, Irmãos Cara de Pau, A Supermáquina, Rocky - Um Lutador; inclusive sendo claro em suas referências e exemplo. Não pode faltar, aliás: blaxpoitation. Fiz um Vingador/X-Tech, significando uma cobaia fugitiva com implantes biônicos que luta contra o crime em seus próprios termos, mas troquei por um Good Ol' Boy/Humble Beginnings, um ás do volante com jeito de Velozes e Furiosos pré-(muita e irrecuperável) farofa. 

Tem muita coisa já com essa mecânica...

City of Mist tem uma variante fo PbtA para seus próprios fins. Tem uma ótima resenha sobre o que é aqui, pela tradutora do jogo no Brasil. Seu personagem é parte logos, parte mythos, significando que você entre o cotidiano da vida real e uma ligação divina à escolha. Essa ligação é desigual, cada uma com sua ameaça embutida. 

Outra ficha feita mas não jogada foi para Blades in the Dark, (SRD em português aqui), em que se faz um criminoso em uma pseudo-Londres vitoriana onde o Sol se apagou por um ritual que deu muito, muito errado. Pelo que vi, é uma mistura de Onze Homens e Um Segredo com Steampunk. Fiz uma mastermind/noble, que dá ordens aos demais personagens ao mesmo tempo que se disfarça de sua própria 'Mão Direita'.

Tenho, efetivamente, jogado Kult, que para a atual edição - também lançada no Brasil pela Buró - adotou o PbtA. Nóia, gore e zero possibilidade de redenção: apenas outra terça-feira, em se tratando desse jogo.

E joguei playtests para Muito Abaixo do Oceano (outro engine, mas ok) que detalharei depois.

Achei tudo bem interessante. Nos RPGs que vi, muito do sistema original parece ter sido adaptado. Em Muito Abaixo do Oceano, seleciona-se um arquétipo (no caso como Desbravador ou Mesmerista) e se otimiza com vantagens e skills. Já em Blades in the Dark e Spirit of 77, você pega dois arquétipos por personagem, o do seu atual papel e um a respeito de sua origem, e vê as vantagens correspondentes para somar no atributo, o rolamento é 2d6 em cima desse atributo, pra um número-alvo fixo. Se acertar, faça bem ou faça mais ou menos. O SRD original detalha skills à parte de atributos, me parece.

Como observou o GM de Kult, coisas de rpgista hipster...

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