sábado, 30 de outubro de 2021

Aeon Trinity

Ontem, sexta, tivemos uma sessão de Aeon Trinity, 2a Edição. Junto com a de Exalted, é a campanha que mais tempo venho jogando ultimamente.

O jogo melhorou muito desde a primeira edição, ainda nos anos 90, no que diz respeito excesso de conspiraçoezinhas que infelizmente - pra mim - fazem lembrar, bem, tudo do Mundo das Trevas (especialmente quando tem sua própria continuidade). Digo, há jogos e jogos, nem todos precisam ser apenas uma versão de tudo o que foi feito antes mas com outra roupagem.

No mundo do Século XXII, a Humanidade se reestabelece do evento conhecido como Guerra Aberrante com o auxílio das Ordens Psiônicas, trava contato com raças alienígenas e tenta, bem, um lugar aos sois da galáxia.

Nossa roda consiste de um time de espionagem de uma dessas Ordens, a dos teleportadores. Alienígenas de intenções malignas infiltrados entre a Humanidade e raças aliadas nos expuseram e ainda atacaram nossa base central recentemente, e é hora do payback

Meu personagem é Amura Langstrom, um eletrocineta - o sonho de um hacker - nascido entre as cidades marítimas de Oceania, a mais nova nação do planeta, uma coalizão de 8 cidades flutuantes e habitats submarinos. 

Presentemente nos refugiamos em uma caverna selada de um planeta, o qual é o lar de uma espécie inimiga da Humanidade mas que é manipulada pelos mesmos tais aliens malignos que se infiltram em outras sociedades.

A sessão foi curta, uma falta de foco geral. Acontece. Mais semana que vem.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Mojubá RPG

Orixás e tecnologia em Mojubá.

Em financiamento coletivo já no último mês na campanha de metas, este RPG brasileiro se encaixa no gênero afrofuturismo/fantasia urbana, na cidade imaginária de Mojubá, "criada nos moldes de Rio de Janeiro, Lagos e Salvador é o palco onde o jogo acontece", conforme informação na página do financiamento. Lá também constam um fast play do jogo e uma aventura pronta, ambos gratuitos.

Parece tudo muito legal, boa sorte pra eles!

Exalted

Anteontem rolou mais um jogo de Exalted, 2a ed. É das minhas duas campanhas regulares.

É uma campanha curiosa, com uma cidade de Thorns redesenhada pelo GM para ser algo que pareça uma França setecentista. O trabalho de construção daquele micro-universo ficou muito bacana.

Meu personagem, um Night, brinca entre ser um ladrão de casaca e o bátima local. Participa de um círculo onde consta uma Twilight, um Eclipse e um Dawn.

A campanha já rolava há anos, o número de tretas acumuladas nunca deixa de me espantar.

Uma das investigações - várias - acontecendo envolve o assassinato serial de meninos de um bairro pobre, e um inesperado envolvimento de um sinistro embaixador da cidade... mais, a ver, a ver.


domingo, 24 de outubro de 2021

Toss a coin to the Witcher...

Geralt of Krypton.

Um jogo ocasional que participo é no universo de The Witcher. Assisti a série com o novo Superman do cinema, sei que há uma série de jogos de sucesso, baseado na obra de um autor polonês.

Para quem não conhece, em linhas muito gerais: é um cenário de fantasia baseado em folclore do leste europeu e má-vontade. Aparentemente sempre há um pra lembrar que na realidade a parte medieval da 'fantasia medieval' não era aquela coisa idealizada que O Senhor dos Anéis faz crer, "desconstruir" seus conceitos e blá, blá, blá, blá, blá. 

Mas, modernões à parte, a trama em que estamos envolve o assassinato de 3 mulheres em e o sumiço de crianças em uma vila, enquanto o clima se comporta estranhamente com relâmpagos vistos em céu limpo.

Nossas investigações levaram a pegadas de alguma coisa inumana que se transforma tanto num bebezinho quanto, bem, em algo inumano que ainda não vimos, mas que se juntou às pegadas das tais crianças e todos rumaram bosque adentro, até uma estranha casa que não deveria estar lá, já que ninguém nunca ouviu falar - e talvez não devesse mesmo, face que é verão e há neve em seu quintal.

O sistema é o do RPG oficial, lançado no Brasil pela Devir; sistema este que é uma variante do Interlock, que por sua vez vem a ser originalmente o sistema de Cyberpunk 2020

Eu sô dotô.

A roda conta com não um, mas dois Witchers (escolas do Grifo e Urso), um Criminoso e um Médico, este que vos fala. 

Urik de Oxenfurst se apresenta pela instituição que o formou antes de que de onde veio, Nilfgard, para não gerar problemas em todo o caso. Filho único de uma família de mercadores, destruída por uma maldição. Maldições parecem ser o prato dele, porque ele também tem um amor problemático que sofre de uma 'maldição leve'. De estilo amigável, Urik valoriza o amor e sua amante lhe é a pessoa mais importante na vida, mas por outras pessoas não se importa muito.

Eu adoro sistemas de rolagem de background de personagem. Sério, sem ironia, acho divertidíssimas as combinações aleatórias que podem sair daí. Meu último personagem feito para CP 2020 era um Rocker, só que hip hop latino, e resultou em uma família cujos pais eram técnicos-cientistas mas que caíram em desfavor da empresa, o que arruinou carreira e finanças, com meia-dúzia de irmãos e uma coleção de "ex" miseráveis em seu rastro.

Terminamos a sessão entrando na casa/mansão pela porta da frente, coisa que, sendo os jogadores que somos, sequer havíamos considerado. Uma vez tendo decifrado o enigma que a trancava, agora é brincar de se esconder de um golem mecânico que ronda a casa, presumivelmente a defendendo de invasores. Parte do grupo se escondeu em um quarto onde outros invasores passaram seus últimos terríveis dias devorando-se uns aos outros...

Mais, espero, semana que vem.


quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Tribe 8 de volta...

Tribe 8 is back!

... e com o sistema de Blades in the Dark (que acabei de falar), conforme notícia da Dream Pod 9, que aliás folgo em saber que, após um longo hiato, voltou às atividades. Mais informações aqui, mas já adianto seus contatos no face, twitter, insta, discord e email.

A DP9 noznoventa produziu ambientações ligadas ao tema dos mechas e militaria: Heavy Gear, Jovian Chronicles e Gear Krieg. Seu sistema resultou em um híbrido de RPG e wargame. Eficiência ou não em ambas as propostas, para Tribe 8 sempre me pareceu meio mão pesada.

Tribe 8 é um pós-apocalíptico carregado de misticismo, e me surpreendi ler na notinha que foram 23 suplementos para o título. O resumo oferecido é meio... resumidão rs mas faz parte. Tem um link pra wikipedia aqui com mais detalhes.

"O jogo conta o surgimento e tribulações dos Caídos - párias da sociedade criados pelas semi-deusas conhecidas como Fatimas - no rastro da liberação da Humanidade da escravidão dos seres demoníacos chamados Z'bri", 

No pós-apocalipse Z'bri, essas semideusas reuniram o que restou da Humanidade ao redor de si em 8 tribos. Uma delas morre em sacrifício, os jogadores faziam personagens por essa tribo, que se tornou de párias entre os párias - ao menos, se bem lembro. Cada Fatima incorporava um aspecto virtuoso, os pcs são originários de tribos mas por algum motivo caíram em desgraça com a virtude, a deusa - ou não necessariamente por algum motivo discernível. Lembro do meu personagem, um juiz nesse mundo que tinha um gosto exagerado por álcool, foi forçado a dar um veredito fajuto e por isso a deusa o renegou, indo parar na tal 8a Tribo.

O cenário ao redor é de cidades em ruínas, conhecimento sendo perdido, mato crescendo, poucas - e não muito confiáveis - pessoas ao redor, e ainda a evidência de que os Z'bri ou seus agentes estão por aí. 

Sendo ainda que tudo o que eu disse, ou o press release informou, não faz jus a um clima de estranheza que a ambientação transmite. Neste pinterest tem uma coleção de imagens do jogo, pra se dar uma ideia.

Capa da 1a. edição.

É um jogo bem bacana, com uma ambientação que sofreu um pouco na mão do antigo sistema. Olhando em retrospecto, faz mais sentido tê-la hoje em dia onde sistemas que fazem uma linha mais narrativista estão na ordem do dia. Boa sorte pra eles!

sábado, 16 de outubro de 2021

PbtA...

 

Logo do sistema em si.

... é a sigla para Powered by the Apocalypse (SRD in ingrish aqui), a mecânica de Apocalipse World e que se tornou aberta, já tendo diversos rpgs por aí - como o recém financiado Masks: A Nova Geração, no Brasil, pela Circuito Camaleão (insta, face, twitter, ludopedia).

Tenho encontrado rodas com certa frequência usando isto... a mais recente - ainda não jogada, mas com personagens feitos, já - é Spirit of 77, uma ambientação onde a tecnologia do OVNI de Roswell foi decifrada, ajudou os EUA a ganharem o Vietnã e ganhou o gosto do mercado negro. Tudo isso para, na verdade, fazer uma ambientação homenageando filmes e séries dos anos 70 (e um pouquinho de 80): Os Gatões, Irmãos Cara de Pau, A Supermáquina, Rocky - Um Lutador; inclusive sendo claro em suas referências e exemplo. Não pode faltar, aliás: blaxpoitation. Fiz um Vingador/X-Tech, significando uma cobaia fugitiva com implantes biônicos que luta contra o crime em seus próprios termos, mas troquei por um Good Ol' Boy/Humble Beginnings, um ás do volante com jeito de Velozes e Furiosos pré-(muita e irrecuperável) farofa. 

Tem muita coisa já com essa mecânica...

City of Mist tem uma variante fo PbtA para seus próprios fins. Tem uma ótima resenha sobre o que é aqui, pela tradutora do jogo no Brasil. Seu personagem é parte logos, parte mythos, significando que você entre o cotidiano da vida real e uma ligação divina à escolha. Essa ligação é desigual, cada uma com sua ameaça embutida. 

Outra ficha feita mas não jogada foi para Blades in the Dark, (SRD em português aqui), em que se faz um criminoso em uma pseudo-Londres vitoriana onde o Sol se apagou por um ritual que deu muito, muito errado. Pelo que vi, é uma mistura de Onze Homens e Um Segredo com Steampunk. Fiz uma mastermind/noble, que dá ordens aos demais personagens ao mesmo tempo que se disfarça de sua própria 'Mão Direita'.

Tenho, efetivamente, jogado Kult, que para a atual edição - também lançada no Brasil pela Buró - adotou o PbtA. Nóia, gore e zero possibilidade de redenção: apenas outra terça-feira, em se tratando desse jogo.

E joguei playtests para Muito Abaixo do Oceano (outro engine, mas ok) que detalharei depois.

Achei tudo bem interessante. Nos RPGs que vi, muito do sistema original parece ter sido adaptado. Em Muito Abaixo do Oceano, seleciona-se um arquétipo (no caso como Desbravador ou Mesmerista) e se otimiza com vantagens e skills. Já em Blades in the Dark e Spirit of 77, você pega dois arquétipos por personagem, o do seu atual papel e um a respeito de sua origem, e vê as vantagens correspondentes para somar no atributo, o rolamento é 2d6 em cima desse atributo, pra um número-alvo fixo. Se acertar, faça bem ou faça mais ou menos. O SRD original detalha skills à parte de atributos, me parece.

Como observou o GM de Kult, coisas de rpgista hipster...

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

E aí que...

Eu jurava que tinha deletado este blog, não apenas abandonado há seis anos atrás.

Curioso ler os posts de então. Lembro dos jogos, mas não é como se eu não tivesse ficado sem outros tantos nesse meio tempo. Receio que nenhum daquela época tenha sobrevivido. Os dois únicos personagens que, noto, estavam na ativa seriam repassados para a criogenia, fácil, fácil.

Atualmente tenho três rodas constantes como jogador, e nenhuma mestrando. Uma é da 2a edição de Aeon Trinity, ex-White Wolf (pô, nem tem mais WW...) e atual Onyx Path. Uma outra é da 2a edição de Exalted (ainda WW). A terceira é da 5a ed de D&D - não, nem eu escapei. Com o tempo, se der na telha, volto a postar e descrever mais, se bem que sem certas obsessões, creio, de antes.

Tenho conhecido sistemas narrativistas, constantemente fico entre algo que não quero me chateie e algo que não seja superficial demais. Ainda não encontrei meu meio-termo pessoal.

Conheci também os sistemas ruins e a feiura elaborada e impressionante do universo Old School Renaissance.

Tenho repetido personagens, entre o médico-CDF e o ladrão do grupo. Por enquanto me basta.

Ainda não cheguei no 20o. nível de nada. 

Ainda não publiquei meu próprio RPG. Faz parte. Ainda.

Mas RPG tb é roda e grupo. Novos amigos apareceram nesses seis anos, velhas amizades permaneceram, ao menos algumas. 

Mas vamos ver.