quinta-feira, 13 de julho de 2023

Blade Runner

Blade Runner: The Role-Playing Game. Free League, 2023.

Ontem jogamos o novo Blade Runner RPG, seguem algumas impressões abaixo.

Usando o sistema de Mutant Year Zero, você faz um Blade Runner, humano ou replicante - com regras de montagem ligeiramente diferente entre ambos -, e acrescenta um arquétipo designando uma função, que também sugere um estilo de vida (enforcer para combatentes, doxi para analista de reações emocionais, etc.). O outro jogador fez um humano fixer, veterano há 8 anos na força policial, já eu montei um replicante doxi, recém-saído da embalagem - Comp e Arthur foram fáceis de se fazer, e divertidos de se jogar.

Na confecção dos personagens, mantendo o clima 'neon noir/cyberpunk' do cinema eee assim como do livro original, dentro da obra do Philip K. Dick, os personagens têm uma memória antiga que mexe com eles - e, no caso dos replicantes, implantada (por mais que via de regra eles saibam disso), podendo ser traumática -, que define algumas coisas de sua personalidade; além de estabelecer uma relação com uma pessoa real, harmoniosa ou mesmo violenta.

O sistema inclui bastante material a respeito de uma investigação policial, seus métodos e procedimentos - e o quanto cumpri-los ou não pode influenciar tanto em pontos de Humanidade (quando se ajuda pessoas) quanto de Promoção (quando se ajuda a própria corporação policial): de saída nesta sessão tivemos uma cena onde antecipávamos a burocracia (ah-hem) para levar a investigação adiante e pensamos num favor para oferecer a um outro oficial, que nos valeu um ponto de Promoção: sim, política interna conta.

R2D2, a.k.a. Arthur.

Achei, entretanto, o esquema de shifts/turnos de trabalho, estes os quais o trabalho de polícia é feito um pouco forçado para algumas ações se encaixarem ao longo de horas, ficando um pouco mecanicista demais para o meu gosto - mas eu entendo a intenção: se enrolamos demais, não fechamos o caso, que tem um prazo (medido em dias) pra ser resolvido. Não deixa de ser interessante, e realmente não é um impeditivo para eu querer continuar jogando.

O Blade Runner aqui continua sendo um policial de elite especializado na "aposentadoria" de replicantes recalcitrantes, mas se passando na época entre o primeiro e o segundo filme, a sociedade se mostra mais complexa - e esse policial também atua protegendo os direitos dos replicantes, especialmente a série Nexus 9, que vêm se provando bem mais... estáveis?

Por último, um blurb do site do RPG, cheio de referenciazinhas marotas ao filme original:

Set in the year 2037, the Core Rulebook begins the adventure shortly after the Wallace Corporation debuts the new Nexus-9 Replicants on Earth, giving you the choice to play as either human or Replicants.

As a member of the LAPD’s Rep-Detect Unit, you’ll face impossible choices and find beauty and humanity in the stubborn resilience to keep fighting. To persevere through pain. To agonize over itches you can’t scratch. To do questionable and extraordinary things, chasing after fleeting moments of love, hope, and redemption to be lost in time like tears in rain.

Other than that, it’s just a normal day on the force, so get to work and grab some noodles on the way. That stack of cases won’t crack itself. It’s a shame you won’t live long enough to solve them all.

But then again, who does?

Começamos com a aventura oficial Eletric Dreams, presente no starter set. Mais - espero - em quinze dias.

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